Estado quer o auxílio da União para Trem Regional

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) intensificou a ofensiva para viabilizar a implantação do Trem Expresso Metropolitano na região. A equipe do tucano esteve em Brasília, na semana passada, para negociar uma solução para o projeto. O cronograma da obra está atrasado em quatro anos.

O trem será viabilizado por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada), com custo estimado em R$ 18,5 bilhões, sendo R$ 4 bilhões em recursos públicos. A duração do contrato de concessão será de 30 anos.

A investida do governo estadual em Brasília, no último dia 13 de março, foi encabeçada pelo secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

Ferrovia. O secretário reforçou o pedido para a cessão do domínio de vias férreas no interior paulista, para que as faixas exploradas pelas operadoras de carga também sejam usadas pelo trem de passageiros.

O encontro, ocorrido na Secretaria de Parcerias de Investimentos do governo federal, contou com representantes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e do Ministério dos Transportes.

O sistema de transporte prevê 431 quilômetros de ferrovias, ligando Americana a Santos e Pindamonhangaba a Sorocaba. A ideia inicial era lançar a licitação em 2013, começar as obras em 2014 e iniciar a operação no ano passado.

O diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, disse que o governo Michel Temer (PMDB) tem interesse em acolher as demandas de São Paulo. Por ser idealizada por meio de PPP, o empreendimento não ficaria refém da queda de arrecadação.

"Existe interesse total que esse projeto pare em pé. A Agência está fazendo todos os esforços para que seja viabilizada a retomada do trem de passageiros. Essa iniciativa do governador Alckmin e do presidente da República é sensacional", afirmou Bastos. "Estamos trabalhando para que se retome o trem de passageiro no Brasil e isso começa por São Paulo. É fundamental que isso se inicie o quanto antes", completou.

Governo. Para destravar o projeto do Trem Expresso Metropolitano, no entanto, o governo estadual ainda aguarda um aval da União. Só após essa etapa será possível definir o projeto da obra.

"Neste momento, estuda-se formas para viabilizar Parceria Público-Privada. O prazo ainda depende da manifestação do governo federal sobre o uso da faixa de domínio das ferrovias federais", informou a assessoria do Palácio dos Bandeirantes em nota.

Prometido em 2012, projeto permanece na estaca zero

A implantação do Trem Expr esso Metropolitano na região foi anunciada pelo governo do Estado em novembro de 2012. Quatro anos depois, entretanto, o projeto ainda está emperrado por questões burocráticas entre as esferas estadual e federal. E não há previsão de ser destravado.

As configurações do trem devem ser europeias. Em quatro vagões, serão transportados de 320 a 400 passageiros. O trem intercidades vai circular a uma velocidade entre 60 km/h e 70 km/h. O trajeto entre São Paulo e São José dos Campos deverá ser realizado em aproximadamente uma hora e meia.

Trem-bala. Em 2012, o Vale do Paraíba corria o risco de ser excluído do plano de expansão ferroviária do Estado, porque o projeto se sobrepunha ao Trem-Bala.

Como o Trem-Bala não teve seguimento, a região acabou beneficiada por ser uma das mais promissoras de São Paulo. A obra do Trem Regional também ajudaria a desafogar a rodovia Presidente Dutra, principal via do país, hoje saturada em trechos de São José dos Campos e Taubaté. As informações são do Jornal O Vale.

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