SJC e Taubaté desperdiçam água tratada

São José dos Campos e Taubaté estão entre as 15 melhores cidades do país em saneamento básico e oferta de água no ranking dos 100 maiores municípios brasileiros. Ambas avançaram nos indicadores da listagem deste ano em comparação ao relatório de 2016.

No entanto, os dois maiores municípios da RMVale ainda derrapam no desperdício de água e estão com índice acima de 30% em perda de água na distribuição, o que encarece o sistema e pode reduzir investimentos.

O balanço foi divulgado nesta semana pelo Instituto Trata Brasil e traz as cidades da região em 3º (São José) e 14º (Taubaté) lugar (veja quadro ao lado), melhor do que no ranking do ano passado, quando estavam na 7ª e 20ª posição, respectivamente.

Os dados deste ano se referem a 2015 e foram compilados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).

Dados. Comparado ao ranking de 2015, com dados de 2013, São José ganhou 14 posições --era a 17ª cidade na lista-- e Taubaté perdeu quatro colocações --chegou ao 10º lugar há dois anos.

A Sabesp é responsável pelo serviço de água e esgoto em São José e Taubaté. "As cidades tiveram grande salto em coleta e tratamento de esgoto", avaliou Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil. "Mas ainda há algo a se fazer com relação à perda de água nas duas cidades, que é grande".

Perda. O índice de água tratada perdida durante a distribuição é de 35,96% em São José e de 38,54% em Taubaté, números considerados altos. Na comparação com o estudo anterior, o indicador caiu em ambas: 36,53% e 38,69%.

Sabesp diz ter investido em melhorias

Responsável pela água e pelo esgoto em São José dos Campos e Taubaté, a Sabesp tem dito que os indicadores de esgoto apontam para "universalização dos serviços em São José e Taubaté". A empresa informou ter investido R$ 519 milhões de 2011 a 2014 na região.

Quanto ao desperdício de água, problema que ocorre por problemas na rede de distribuição, como canos quebrados, defeitos em registros, vazamentos e por causa de ligações irregulares, a Sabesp divulgou, no ano passado, que o índice de perda no Vale era de 28%.

Isso nas 23 cidades atendidas por empresa na região. Do total, 18% é de perda física (vazamentos) e 10% de perda não-aparente (ligações clandestinas e hidrômetros desajustados). A meta da companhia é reduzir ainda mais o índice de perda de água.

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