Casos de dengue caem em Taubaté

As duas regiões de Taubaté que apresentaram o maior índice larvário do mosquito Aedes aegypti no início deste ano, tiveram queda nos casos registrados de dengue na cidade de 54,54%, em janeiro, para 49,51%. Os dados foram divulgados nesta semana pela prefeitura, após um mapeamento realizado nos bairros.

Segundo a administração municipal, a diminuição dos casos nas áreas 1 e 5 - veja lista abaixo - foi influenciada por operações coordenadas pelas equipes do CAS (Controle de Animais Sinantrópicos). No último sábado (28), por exemplo, o grupo realizou um mutirão no Parque Aeroporto, que fica na área 1.

Apesar dos números nas duas regiões, a área 3 registrou aumento, passou a ter 18,07% dos casos em maio e também será tratada com prioridade pela prefeitura. No levantamento feito em janeiro, a área possuía 6,81%.

De acordo com a prefeitura, o número expressivo de casos nestas regiões pode ser explicado pelo adensamento populacional, onde há mais facilidade de transmissão. "Neste caso, a prevenção deve ser ainda maior para evitar criadouros do mosquito", informa em nota.

"Cada um precisa cuidar de seu imóvel, fazendo constantemente a vistoria dos jardins, vasos e materiais que podem juntar água e fazer o descarte de lixo e entulho da maneira correta, em locais adequados, nunca em calçadas ou terrenos públicos ou privados", completa. A prefeitura pretendia realizar uma ADL em abril deste ano, mas a análise ficou para julho.

Casos

Atualmente, Taubaté soma 3.792 notificações de suspeitas da doença, com 2.536 casos autóctones confirmados e um caso importado, 1.215 negativos e 40 aguardando o resultado de exames. Duas mortes por dengue foram confirmadas este ano na cidade.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, duas mortes por dengue foram confirmadas em Taubaté. A cidade enfrenta uma epidemia da doença e desde março, o Governo do Estado dispensa o exame sorológico para atestar os casos, bastando o exame clínico.

Zika vírus e chikungunya
A cidade ainda possui 32 notificações de suspeitas de chikungunya, com 18 casos descartados, 12 aguardando o resultado de exames e dois casos importados confirmados e 62 notificações de casos suspeitos de zika, com um caso positivo importado confirmado, 40 descartados e 21 aguardando o resultado de exames. As doenças também são transmitidas pelo Aedes aegypti.

Denúncias sobre criadouros em potencial devem ser feitas ao CAS pelo telefone 3635-4091 ou no hotsite xô mosquito, da prefeitura.

Casos por regiões da cidade
Área 01
Jaraguá, Vila São Geraldo, Parque São Luiz, Areão, Mourisco, Vila das Graças, Vila Rica, Estiva, Parque Aeroporto, Vilage, Portal Mantiqueira.
Janeiro – 34,09% dos casos
Fevereiro – 33,16% dos casos
Maio – 31,51% dos casos

Área 02
Bonfim, Quiririm, Cecap, Santa Tereza, Chácara Flórida
Janeiro – 13,64% dos casos
Fevereiro – 5,65% dos casos
Maio – 9,53% dos casos

Área 03
Água Quente, Gurilândia, Ana Rosa Parque Urupês, Santa Clara, Shalon, Vila São José, Maria Augusta, São Carlos
Janeiro – 6,81% dos casos
Fevereiro – 18,88% dos casos
Maio – 18,07% dos casos

Área 04
Independência, Jardim das Nações, Santa Luzia, Jabuticabeira, Jardim Humaitá, Bom Conselho, Centro
Janeiro – 11,37% dos casos
Fevereiro – 10,20% dos casos
Maio – 11,50% dos casos

Área 05
Campos Elíseos, Imaculada, Bosque da Saúde, Jardim América, Terra Nova, Três Marias, Chácara Silvestre
Janeiro – 20,45% dos casos
Fevereiro – 22,29% dos casos
Maio – 18% dos casos

Área 06
Belém, Cidade de Deus, Jardim Paulista, São Gonçalo, Estoril, Barreiro, Cataguá, Marlene Miranda
Janeiro – 11,37% dos casos
Fevereiro – 8,16% dos casos
Maio – 10,92% dos casos

Zona rural
Janeiro – 2,27% dos casos
Fevereiro – 1% dos casos
Maio – 0,47% dos casos

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