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Volks Taubaté suspende produção pelo terceiro dia
Cerca de 2,2 mil trabalhadores da Volkswagen em Taubaté (SP) foram dispensados do trabalho nesta terça-feira (2). Essa é a terceira vez em menos de uma semana que a montadora suspende o expediente na unidade.
A informação da multinacional é de que a paralisação –chamada de ‘day-off’- acontece por falta de peças e afeta os trabalhadores do primeiro turno.
A suspensão do expediente na linha de produção teve início na última sexta-feira (29), quando os funcionários do segundo turno foram dispensados pela falta de peças. Na segunda-feira, os trabalhadores também foram dispensados. A empresa não informou a peça que estaria em falta, mas, segundo o sindicato, seriam bancos.
Os trabalhadores dispensados não terão descontos nos salários e a folga vai ser convertida em banco de horas. Por meio de nota a empresa informou que “está trabalhando para a regularização do fornecimento o mais rápido possível”. Segundo o sindicato, a empresa deve ter a produção retomada para o segundo turno, no período da tarde.
A unidade da montadora no Vale do Paraíba fabrica os modelos Gol, Up! e Voyage. Atualmente a empresa mantém 4,6 mil trabalhadores na fábrica de Taubaté.
Morre quarta vítima de explosão na Heineken
A quarta vítima da explosão que aconteceu na cervejaria Heineken, em Jacareí, morreu na noite deste sábado (30), no Hospital Albert Einstein,em São Paulo. O homem de 52 anos havia sido transferido no mesmo dia, da Santa Casa de São José dos Campos para o hospital da capital.
A vítima estava com queimaduras em 95% do corpo e não resistiu aos ferimentos. O homem também era da equipe de terceirizados que realizavam a manutenção de uma caldeira na empresa, quando aconteceu a explosão.
Dois homens morreram no momento do acidente e uma terceira vítima faleceu na tarde desta sexta-feira (29), no Hospital Municipal de São José dos Campos.
Explosão
Duas pessoas morreram e três ficaram feridas após a explosão de uma caldeira na unidade da cervejaria Heineken, em Jacareí, na manhã desta quinta-feira (28). A quinta vítima foi encaminhada para a Santa Casa de Jacareí com ferimentos leves e após ser atendida, foi liberada.
A unidade da empresa na cidade possui cerca de 400 empregados e é a maior entre as seis que a Heineken possui no país. A produção na fábrica está paralisada até que o resultado de perícias feitas pela Polícia Civil, Ministério do Trabalho e empresa, seja concluído.
Mesmo sem chuva, nível do Cantareira sobe
Mesmo sem registrar chuva, o Sistema Cantareira foi o único dos principais mananciais a registrar aumento no volume armazenado de água, o oitavo seguido, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta segunda-feira, 1º. Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Claro ficaram estáveis, já Alto Cotia e Rio Grande caíram.
Considerado o principal sistema hídrico de São Paulo, o Cantareira subiu 0,1 ponto porcentual. Os reservatórios que compõem o sistema operam com 45,5% da capacidade, de acordo com índice tradicionalmente informado pela Sabesp que considera volume morto como se fosse volume útil. No dia anterior, o nível estava em 45,4%.
Não choveu sobre a região nas últimas 24 horas. Em janeiro, as chuvas na região do manancial ficaram abaixo da expectativa, com 248,4 milímetros registrados. A média histórica para o período é de 263 mm.
As chuvas abaixo da média, no entanto, não encerraram o processo de recuperação do Cantareira. A última vez que os reservatórios perderam água represada foi há mais de três meses, no dia 22 de outubro, quando o volume armazenado desceu de 15,7% para 15,6%. Ao longo desse período a quantidade de água acumulada praticamente triplicou.
Outros fatores explicam as altas no Cantareira, que opera fora do volume morto desde o final de 2015. Houve diminuição da retirada de água do sistema pela Sabesp, racionamento e redução do consumo. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) também aplica multas para os chamados "gastões" e oferece bônus para quem conseguir economizar água.
A crise no sistema completou dois anos em janeiro, contudo, ainda inspira cuidados. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o nível do manancial está em apenas 16,3%, ante 16,1% no dia anterior. Já o terceiro índice está em 35,2%.
Outros mananciais
Atual responsável por atender o maior número de clientes da Sabesp, o Guarapiranga ficou estável em 83%, segundo a Sabesp, e já não registra alta há quatro dias. No dia anterior, o sistema havia registrado perda de 0,6 ponto porcentual no volume armazenado de água.
Em crise, o Alto Tietê também não registrou variação. O nível do manancial está em 29%, já considerando um volume morto adicionado no final de 2014. Já o Rio Claro está estacionado em 81,9% pelo segundo dia.
Tanto o Alto Cotia quanto o Rio Grande sofreram queda de 0,4 e 0,4 ponto porcentual, respectivamente. O primeiro opera com 101,4%, enquanto o segundo está em 90,6%.
Cai consumo de energia elétrica no Brasil
O consumo de energia elétrica no País recuou 2,1% em 2015, em relação ao registrado em 2014, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No ano, foram consumidos 464,7 mil gigawatts-hora (GWh). A crise na indústria foi uma das principais responsáveis pela queda, mas o consumo residencial também diminuiu, com as famílias reduzindo gastos diante do aumento das tarifas.
O consumo residencial teve decréscimo de 0,7% em 2015, a maior redução registrada desde 2004. Mas a queda no total do País foi puxada, sobretudo, pelas indústrias, que consumiram 5,3% menos energia do que no ano anterior, "em função do cenário econômico desfavorável ao longo do ano, em quase todos os segmentos", apontou a EPE.
O segmento comercial foi o único a apresentar avanço no consumo de energia no ano passado, com alta de 0,6% em relação a 2014. O resultado, entretanto, ficou muito aquém do desempenho registrado nos últimos cinco anos, ressaltou a entidade, em nota.
Entre os subsistemas, a maior queda no consumo de energia elétrica em 2015 ocorreu no Sul do País, -3,3% em relação a 2014. No Sudeste/Centro-Oeste, a redução foi de 2,7%. No Norte, houve recuo de 2,4%. No Nordeste, no entanto, houve aumento de 1,3% no consumo.
No mês de dezembro, houve queda no consumo residencial pela primeira vez desde o racionamento de 2001. A redução foi de 0,3% em relação ao mesmo mês de 2014. A indústria também registrou recuo no consumo, um tombo de 8,4% no último mês de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. O comércio também teve queda, de 0,2% em dezembro ante dezembro de 2014.
São José: GM demite 798 funcionários
A GM (General Motors) de São José dos Campos confirmou que vai demitir os funcionários que estavam em layoff. De acordo com a empresa, os 798 desligamentos são referentes ao excedente da unidade e a um acordo entre sindicato e GM, na Justiça do Trabalho, após o período de layoff na fábrica. O número oficial ainda não foi informado, já que alguns trabalhadores aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Por meio de sua assessoria de imprensa, a GM informa que a decisão foi repassada ao sindicato e está publicada no Diário Oficial. O período de suspensão temporária permite que a empresa adote a medida quando comprovar baixo nível da produção.
A empresa ainda não divulgou balanço dos funcionários que preferiram optar pelo PDV.
Crise
Na época, a montadora afirmou que estava passando “por uma forte crise econômica e que o complexo em São José não está competitivo há algum tempo. As vendas caíram, os estoques estão altíssimos, temos uma fábrica de alto custo e estamos com excedente de pessoal".
Sindicato
De acordo com o sindicato, o excedente apresentado pela fábrica totaliza 798 funcionários, mesmo número que entrou em layoff, em agosto de 2015. Porém, desde o início do afastamento até este mês, alguns funcionários pediram demissão. Segundo acordo firmado entre os dois lados, a cada funcionário que aderir ao PDV, será abatido ao número de demissões futuras em relação ao excedente da empresa.
Ibama rejeita plano da Samarco para área afetada
O Ibama rejeitou ontem o plano de ações emergenciais apresentado pela mineradora Samarco no dia 18 por considerá-lo "genérico" e por "minimizar todos os impactos ambientais da ruptura da barragem" de Fundão, que voltou a ter vazamento de rejeitos na quarta-feira, 27, dessa vez de 1 milhão de metros cúbicos.
A empresa deverá entregar uma nova versão do documento até o dia 17 de fevereiro. Na semana passada, a presidente do Ibama, Marilene Ramos, já havia criticado o documento, afirmando que era "pouco propositivo" e que estava "aquém" do ideal. A Samarco é a responsável pela barragem de Fundão, que rompeu no dia 5 de novembro, matando 17 pessoas e devastando distritos de Mariana.
De acordo com a nota técnica do Ibama, as ações têm pouco embasamento metodológico e científico. Além disso, a empresa não estimou prazos para cumpri-las, o que impossibilitaria o acompanhamento das metas.
O órgão critica, por exemplo, o fato de a Samarco não citar quais espécies de fauna e flora foram afetadas, quais estão em risco de extinção e quantas têm distribuição restrita nos locais atingidos. "Em relação aos impactos sobre os organismos aquáticos, verifica-se a tendência a subestimar o problema, inclusive se omitindo completamente em relação ao volume e a diversidade de peixes encontrados mortos ao longo da bacia do Rio Doce", declarou. A Samarco afirmou que os pontos de aprimoramento sugeridos vão ser incorporados ao documento.
Reação
O procurador da República em Minas Gerais Edmundo Antônio Dias Netto Júnior afirmou na quinta-feira, 28, que o novo deslizamento de lama da barragem da Samarco é mais grave do que a empresa admite e diz que a mineradora não tem condições de garantir a segurança ambiental e da população.
Conforme dados da Comissão das Barragens, da Assembleia Legislativa de Minas, 1 milhão de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro vazaram de Fundão na quarta-feira.
Segundo o responsável pela área de licenciamento da Samarco, Marcio Perdigão, e o engenheiro da empresa José Bernardo Vasconcelos, as estruturas não oferecem risco. A mineradora afirma ainda que o material que deslizou era "remanescente" de Fundão e não ultrapassou a barragem de Santarém.
Para o procurador, o plano de emergência precisa ser reavaliado. O plano atual foi enviado pela empresa à Justiça de Minas Gerais ontem e havia sido solicitado dentro de ação movida pelo Ministério Público Estadual. O material deveria ter sido entregue há cerca de 15 dias. À época, no entanto, a empresa entregou plano considerado "insuficiente" pelos promotores. A multa por dia de atraso é de R$ 1 milhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nível do Cantareira sobe 0,7 ponto porcentual
Após registrar fortes chuvas sobre a região do Cantareira, o nível do principal sistema hídrico de São Paulo subiu 0,7 ponto porcentual e chegou ao quarto aumento consecutivo no volume de água represada, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta quinta-feira, 28. Todos os demais mananciais tiveram alta, exceto o Rio Grande, único a registrar queda.
Em processo de recuperação, o Cantareira não registra queda há mais de três meses. A última vez foi no dia 22 de outubro, quando o volume armazenado desceu de 15,7% para 15,6%. Ao longo desse período a quantidade de água acumulada praticamente triplicou.
A pluviometria do dia na região foi de 20,4 milímetros. O volume acumulado de chuva, em 241,9 mm, no entanto, ainda não atingiu a média de janeiro - mês em que a expectativa é de 263,0 mm.
Além da chuva, outros fatores explicam a recuperação do Cantareira, que saiu do volume morto no final de 2015. Houve diminuição da retirada de água do sistema pela Sabesp, racionamento e redução do consumo. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) também aplica multas para os chamados "gastões" e oferece bônus para quem conseguir economizar água.
A crise no sistema, que completou dois anos nesta quarta-feira, 27, ainda inspira cuidados. Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o nível do manancial está em apenas 15,3%, ante 14,7% no dia anterior. Já o terceiro índice está em 34,5%.
Outros mananciais
Após oito dias em declínio, o Guarapiranga, atual responsável por atender o maior número de clientes da Sabesp, voltou a subir. O aumento no sistema foi de 1,1 ponto porcentual, o que fez o volume de água subir de 85,3% para 86,4%. As chuvas forma de 16 mm.
Em crise, o Alto Tietê subiu 0,1 ponto porcentual e opera com 29% da capacidade, contra 28,9% no dia anterior. Esse índice já considera um volume morto acrescentado ao cálculo no final de 2014.
Os Sistemas Rio Claro e Alto Cotia subiram 0,3 e 3 pontos porcentuais, respectivamente, e estão com 81,7 e 102,5%. Já o Rio Grande foi o único a cair, de 91,7% para 91,6%. A baixa é de 0,1 ponto.
Explosão na Heineken de Jacareí deixa vítimas
Duas pessoas morreram e três ficaram feridas após a explosão de uma caldeira na unidade da cervejaria Heineken, em Jacareí, na manhã desta quinta-feira (28). A informação foi confirmada pela PM (Polícia Militar).
Uma das vítimas feridas sofreu queimaduras, foi socorrida pelo helicóptero Águia da PM e encaminhada para o hospital municipal da Vila Industrial, região leste de São José dos Campos e transferido para a unidade de queimados da Santa Casa de São José dos Campos. A vítima tem 53 anos e está com 90% do corpo quieimado. Segundo informações do hospital, ele deve ser tranferido para a UTI.
As outras duas pessoas que ficaram feridas foram encaminhadas para a Santa Casa de Jacareí.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Jacareí, a corporação foi acionada para atender a ocorrência por volta das 10h15.
A unidade da empresa na cidade possui cerca de 400 empregados e é a maior entre as seis que a Heineken possui no país. Os funcionários da cervejaria em Jacareí foram dispensados do trabalho nesta quinta-feira.
Heineken
A cervejaria Heineken informou por meio de uma nota oficial que lamenta o ocorrido e está apurando as causas do acidente. Confira a nota na íntegra:
"A HEINEKEN Brasil informa que na manhã dessa quinta-feira, dia 28 de janeiro, ocorreu uma explosão em uma das caldeiras de sua Cervejaria localizada em Jacareí. Infelizmente, dois prestadores de serviço foram a óbito e outros três estão feridos. A HEINEKEN lamenta imensamente o ocorrido e está em contato com as empresas prestadoras de serviço para oferecer todo o suporte aos envolvidos. A empresa ainda está apurando as possíveis causas do acidente. As operações fabris da Cervejaria estão por ora suspensas”, ressalta.
Cade aprova Petrobras em investigação de cartel
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) admitiu a entrada da Petrobras como terceira interessada em processo administrativo que apura suposto cartel em licitações da estatal para contratação de serviços de engenharia, construção e montagem industrial on shore. A decisão, divulgada em despacho no Diário Oficial da União (DOU), também dá o prazo de 15 dias à Petrobras para se manifestar sobre a nota técnica de abertura da investigação, formalizada em dezembro do ano passado.
No pedido para ingressar no processo, a Petrobras diz permanecer à disposição do Cade para prestar quaisquer outras informações adicionais que se revelem necessárias e afirma esperar aprovação da solicitação tendo em vista "o reconhecimento de sua situação de vítima do apontado cartel pelas autoridades que conduzem a investigação da Operação Lava Jato" e pelas próprias partes que firmaram acordo com o Cade.
A Petrobras ainda destaca "a inegável contribuição que pode prestar para a elucidação dos fatos e apuração da dimensão de eventuais prejuízos oriundos de eventual lesão à ordem econômica" e a "existência inequívoca de direitos e interesses da Petrobras que podem ser afetados pela decisão no processo administrativo em curso".
O processo de investigação do suposto cartel foi instaurado 23 em dezembro do ano passado. A apuração alcança 21 empresas, suspeitas de terem fraudado pelo menos R$ 35 bilhões em obras em cinco refinarias. Além de empreiteiras, 59 funcionários e ex-funcionários das companhias são investigados pelo órgão antitruste. A lista inclui companhias denunciadas na Operação Lava Jato.
De acordo com a Superintendência-Geral do órgão, o crime de cartel entre as empresas teria se iniciado entre os anos de 1998 e 1999 - ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) -, ganhando força especialmente a partir de 2003, ano em que foi iniciado o primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lista
O Cade lista como participantes do suposto cartel Alusa Engenharia (atualmente Alumini Engenharia), Carioca Christiani Nielsen Engenharia, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Engevix, Galvão Engenharia, GDK, Iesa Óleo e Gás, Jaraguá Equipamentos Industriais, Mendes Júnior, MPE Montagens e Projetos Especiais, Promon Engenharia, Schahin Engenharia, Skanska Brasil, SOG Óleo e Gás, Techint Engenharia, Tomé Engenharia e UTC.
O parecer do Cade para a abertura do processo afirma que "há indícios robustos de que as empresas e pessoas físicas investigadas teriam celebrado acordos com a finalidade de fixar preços, dividir mercado e ajustar condições, vantagens ou abstenção em licitações de montagem industrial da Petrobras".
Obras
Entre as obras potencialmente atingidas pelo suposto ilícito estão as da Refinaria Henrique Lage (Revap), a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Refinaria Paulínia (Replan), a Refinaria do Nordeste - Abreu e Lima (Rnest) e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Médicos peritos do INSS voltam ao trabalho
Os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltaram ao trabalho nesta segunda-feira depois de 145 dias de paralisação. A Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) afirmou que os profissionais retornaram os trabalhos em "estado de greve", ou seja, que vão priorizar o chamado atendimento essencial - para as pessoas que precisam da perícia para ter direito a um dos benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria especial por invalidez.
O INSS esclareceu, contudo, que a regra de priorização do atendimento é definida pelo próprio instituto e que o retorno vai permitir a "regularização" do atendimento. "Novas paralisações no futuro não estão descartadas", disse Luiz Argôlo, diretor sindical da ANMP. "Esperamos que com esse distensionamento, o governo volte a dialogar com a categoria."
A associação calculou que, no período da greve, 2,1 milhões de perícias deixaram de ser feitas. O tempo médio de espera para o agendamento saltou de 20 dias para 89 dias. Já o INSS estimou que 1,3 milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o início da greve. No período, outras 1,1 milhão de perícias foram atendidas, segundo o instituto. O órgão calcula que 830.000 benefícios estejam na fila esperando para serem concedidos. Nesses mais de quatro meses de greve, quase 608.000 benefícios foram aprovados.
Atualmente, o INSS conta com 4.330 servidores peritos médicos, cujo salário inicial para uma jornada de 40 horas é de 11.383,54 reais chegando a 16.222,88 reais. Os médicos peritos pedem aumento salarial de 27,5% em, no máximo, duas parcelas anuais, redução da carga horária de 40 horas para 30 horas semanais, a recomposição do quadro de servidores e o fim da terceirização da perícia médica.
O governo informou, por meio de nota, que apresentou, em ofício enviado à ANMP no dia 8 de dezembro, uma proposta que contempla a maioria dos pontos exigidos na mesa de negociação. A exigência dos médicos de redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem perda de remuneração, no entanto, é um ponto de discordância.
De acordo com o Ministério do Planejamento, foi oferecido aos peritos médicos reajuste de 10,8%, a ser pago em duas vezes, e reajuste dos benefícios sociais - as mesmas condições das demais categorias do funcionalismo. Segundo a ANMP, a União gasta 125 bilhões de reais de benefícios, sendo a metade paga sem perícia médica. A entidade diz que, em 5 anos, quase 3.000 peritos abandonaram a carreira. A taxa de evasão é de 2 peritos por dia útil, "algo inédito no serviço público federal". As informações são da Agência Estado.
