GM estuda lay-off para 1.600 funcionários

A General Motors negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José a adoção de lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) para 1.600 trabalhadores do complexo industrial da montadora na cidade. O número corresponde a 20% do total de 5.000 funcionários da GM em São José.

A suspensão seria adotada para reduzir o nível de produção da picape S10 e da Trailblazer, únicos modelos fabricados pela GM em São José, além de motores e transmissões. Por essa razão, o prazo máximo de lay-off seria de cinco meses, como prevê a legislação trabalhista.

As duas partes fizeram três reuniões, a última delas nesta quarta-feira, em Guarulhos, mas não chegaram a um acordo. Contrário ao lay-off, o sindicato quer garantia de retorno e de emprego aos trabalhadores afastados. Em janeiro do ano passado, após cinco meses de lay-off, a GM demitiu 798 funcionários em São José.

Admitindo que as negociações estão difíceis, o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, disse que, nas atuais condições apresentadas pela GM, não haverá acordo para o lay-off. “Sindicato quer estabilidade no emprego. Estamos nessa discussão com a GM de implantação ou não do layoff. As negociações estão difíceis”, afirmou o sindicalista, que fez uma assembleia hoje pela manhã, na portaria da GM, para informar os trabalhadores sobre o andamento das negociações.

Neste ano, a GM concedeu duas férias coletivas aos empregados de São José. Foi ainda obrigada a cancelar a exportação de 15 mil veículos para o México depois que o país entrou em crise com os Estados Unidos, após declarações do presidente americano, Donald Trump.

Procurada, a GM não comentou. As informações são do Jornal O Vale.

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