Carne mais cara ajuda a elevar preço da cesta básica no Vale do Paraíba

Carne mais cara ajuda a elevar preço da cesta básica no Vale do Paraíba

Depois de seis variações negativas consecutivas, a cesta básica na RM Vale voltou a apresentar um aumento, registrado na pesquisa do mês de novembro, do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômicos Sociais).

 No último mês, o preço para uma família com cinco pessoas e renda mensal de até 5 salários mínimos, saltou de R$ 1.616,97 (outubro) para R$ 1.658, o que representa uma alta de 2,59%.

As quatro cidades que recebem o estudo acompanharam a média regional e também apresentaram aumento de preços.

 O destaque fica para Taubaté e Caçapava, com altas de 3,69% e 4,64% respectivamente – esse novo valor fez Caçapava se manter no topo entre as mais caras, com o valor médio de R$ 1.702,03.

 A mais barata segue sendo de Campos do Jordão, que teve aumento de 0,69% e valor médio de R$ 1.621,01.

Segundo o Nupes, essa alta em Caçapava e Taubaté está diretamente relacionada a variação no preço das carnes suína, bovina e aves.

A pesquisa engloba seis tipos de carne: bovina (acém, alcatra, contrafilé e patinho), suína (bisteca de porco) e frango (inteiro).

Desses a média de aumentos em Caçapava foi de 13,11%, Taubaté de 11,66%, São José dos Campos de 8,18% e Campos do Jordão de 6,54%.

Outros alimentos que contribuíram para o aumento no mês de novembro foram o feijão (+ 16,24%) e a alface (+ 16,06%).

 Por outro lado, aparecem no topo dos que ficaram mais baratos a cenoura (- 16,06%), a batata (- 10,89%) e a cebola (- 9,04%).


Segundo o Nupes, a alta das exportações para a China teve forte impacto na valorização da carne.

 O que também ajudou a puxar o aumento dos preços no mercado interno.

Desde outubro, as vendas de carne bovina para os asiáticos vêm subindo sistematicamente, ultrapassando 50% de volume já exportado.

“Nesse embalo, o preço do boi gordo no Brasil bateu recordes em novembro, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, definindo assim preços mais elevados para os consumidores finais”, diz o estudo.

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Última modificação em Segunda, 09/12/2019

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