Ministro da Saúde reage a situação crescente do Covid-19

Ministro da Saúde reage a situação crescente do Covid-19

A quinta-feira dia 30 marcou uma mudança brusca de posicionamento do ministro da Saúde, Nelson Teich.

 Desde o dia 17, duas semanas atrás, quando tomou posse, o sucessor de Luiz Henrique Mandetta evitava dar comentários que pudessem desagradar o presidente Jair Bolsonaro.

Para tentar evitar o mesmo fim que teve Mandetta, Teich foi conceder sua primeira entrevista coletiva apenas no dia 22, quase uma semana após assumir o posto.

 Desde então, até ontem, o ministro se equilibrava nas palavras.

 Tentava, em um mesmo discurso, agradar tanto o presidente quanto quem espera que a Saúde tenha um comando alinhado com as principais autoridades mundiais, com os cientistas, os pesquisadores, com o bom senso.

Essa primeira estratégia, no entanto, fracassou. Teich continuava a ser cobrado para apresentar um posicionamento mais firme, que deixasse claro o real entendimento dele sobre o novo coronavírus. E isso veio nessa quinta-feira.

Aliás, não havia mais como o ministro sair pela tangente. Ele havia sido emparedado pelos números.

Nessa quinta, o Brasil atingiu 5.901 mortes e 85.380 casos confirmados de Covid-19. Com 7.218 novos casos confirmados apenas de quarta para quinta, o Brasil ultrapassou a china e passou a ser o décimo país do mundo com mais registros da doença.

Não havia mais como escapar. Teich alertou que caso a pandemia continue a crescer, o Brasil poderá passar a registrar 1.000 mortes por dia. De quarta para quinta-feira, por exemplo, foram 435 confirmados. Seria mais do que dobrar o número de um cenário já desolador.

O ministro disse ainda que não é possível iniciar a liberação do isolamento com a curva do coronavírus em "franca ascendência". "Tem cidades que nem estão com a curva caindo e já têm flexibilização", criticou.

O posicionamento mais firme de Teich é fundamental para o país.

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Última modificação em Sexta, 01/05/2020

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