Sem Hemonúcleo, falta sangue em hospitais

Com o Hemonúcleo de Taubaté desativado desde abril e a ausência de pontos de coleta no Vale do Paraíba, hospitais da região têm enfrentado dificuldade para manter os estoques de bolsas de sangue. A situação foi confirmada à reportagem por representantes de duas unidades.

Com isso, pacientes que precisam de sangue têm o tratamento ameaçado. Foi o caso, por exemplo, do policial militar Wagner Galvão, que sofreu um acidente de trânsito na última sexta-feira. Ele foi internado no Hospital Regional de Taubaté e, embora seu tipo sanguíneo seja o mais comum (O+), o estoque estava em baixa.

Parentes e amigos do policial tiveram que doar sangue em cidades de fora da região, como São Paulo, Ribeirão Preto e Osasco, para ajudar Galvão.

“O sangue dele estava [com estoque] baixo no hospital, mas já foi doado [em outras cidades] e está reposto. Ele recebeu 15 bolsas de sangue até agora”, disse Amanda Ketrin, esposa do policial.

TRANSFERÊNCIA/ O Hemonúcleo de Taubaté, que funcionava no Hospital Universitário e atendia toda a região, teve as principais atividades desativadas em abril. A medida foi tomada para mudança de sede e de gestora — saiu a Unicamp, que gerenciava a unidade desde 2013, e o Hemocentro de Ribeirão Preto irá assumir o serviço.

A promessa do Estado era que a transição durasse quatro meses e que, nesse intervalo, o abastecimento fosse mantido por meio de envio de bolsas de sangue de outras entidades, de fora da região.

Apesar dos relatos de representantes de hospitais e do caso do policial, o governo estadual sustenta que o envio de bolsas de sangue tem sido diário e que é suficiente para atender a demanda da região.

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