Paratleta de Taubaté mantém sonho de disputar Jogos de Tóquio
A realidade do esporte de alto rendimento no Brasil e no mundo foi diretamente afetada pela pandemia do coronarívus.
No esporte paralímpico não foi diferente. Seja pelo cancelamento de competições, fechamento de centro de treinamentos, corte de patrocínios ou pelo adiamento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio para 2021, esses obstáculos atingiram em cheio toda a comunidade esportiva paralímpica.
Em Taubaté, a equipe do Programa Esporte Para Todos foi afetada também, mas seus atletas buscam alternativas para não deixar o sonho de estar nos próximos Jogos Paralímpicos se perder neste momento de incertezas.
Assim pensa Michel Gustavo, 22 anos, do paratletismo. Especialista na prova do Salto em Distância, ele é hoje o recordista brasileiro na classe T47, e mesmo com as dificuldades que a pandemia impôs, segue trabalhando forte em busca da sonhada vaga nas Paralimpíadas de Tóquio 2021.
Integrante da equipe de paratletismo do Programa Esporte Para Todos, de Taubaté, desde 2018, Michel Gustavo entrou no esporte paralímpico após sofrer um acidente de bicicleta aos 12 anos de idade, e como sequela perdeu os movimentos do braço esquerdo.
Seu talento detectado pelo professor de educação física na escola, e acabou apresentado ao paratletismo em um projeto em São Paulo, onde morava na época.
Com um currículo que inclui a disputa do Campeonato Mundial de Paratletismo de 2017, em Londres, Michel superou uma temporada 2019 ruim e marcada por problemas físicos.
Devidamente recuperado de uma lesão no pé e de volta aos treinos, ele fala nesta entrevista de como vem se adaptando para treinar longe das pistas de atletismo.
Afirma estar pronto para retornar às competições, e confiante que conseguirá o índice para estar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio no ano que vem.