Fim de férias desencadeia mais cortes de salários e demissões nos clubes
A reta final do mês de abril encerra o período de férias antecipadas a jogadores e comissões técnicas dos clubes brasileiros.
Por consequência, o último dia desencadeou uma série de medidas, como demissões e anúncios de acordos de redução salarial nos clubes que disputam a Série A do Brasileirão.
O corte de funcionários se deu até mesmo no Flamengo, que estimou impacto "absorvível" diante do coronavírus, caso a pausa no futebol se restringisse a três meses.
Com um mês e meio, recorreu às demissões e formalizou um acordo de redução com funcionários.
O Corinthians anunciou redução de 25% na renumeração dos jogadores a partir do mês de maio.
Segundo o clube, todos os atletas do futebol feminino e da base também serão inclusos na medida.
A comissão técnica do profissional entrou em outra linha de corte, mais dura: 70% do salário, a exemplo do que fora aplicado nesta semana para funcionários.
O Palmeiras também se mexeu e anunciou o acordo de redução com os jogadores e a comissão técnica de Vanderlei Luxemburgo.
O corte será de 25% dos valores previstos via CLT para maio e junho. Segundo o clube, a proposta prevê também a postergação dos pagamentos dos direitos de imagem dos atletas os de abril serão divididos entre os meses de agosto e dezembro de 2020, enquanto os de maio serão divididos entre janeiro e junho de 2021.
"A gente não teve nenhum tipo de problema para chegar a uma solução para esse tema e tomamos a melhor decisão para todos os envolvidos.
O Palmeiras, assim como outros clubes e empresas, possui muitos funcionários e todos são extremamente importantes.
Espero que tudo se normalize o mais rapidamente possível e que, em breve, todos possam retomar suas atividades", disse o meia-atacante Dudu.
O Vasco suspendeu contrato de trabalho de funcionários por dois meses maio e junho.
O clube pagará 30% dos salário bruto como ajuda compensatória mensal - ou seja, uma redução de 70%.
O Coritiba precisou recorrer a demissões no departamento de futebol.
Comissão técnica e atletas terão redução de 25% nos seus vencimentos (CLT e imagem).
Todo o quadro do futebol de base terá contrato de trabalho suspenso. Quanto aos meses de março e abril, há negociação de um prazo maior para pagamento.
Nesta quinta, o Bahia comunicou que, desde meados de março, a diretoria e o elenco profissional tiveram seus salários reduzidos em 25%.
Em relação aos demais funcionários e atletas da divisão de base, após acordo com os respectivos sindicatos da categoria, estão sendo realizadas medidas como redução de jornada e suspensão de contratos.
Os descontos, porém, chegarão ao máximo de 20% das remunerações, sendo mantida a integralidade de quem recebe até 1,5 salário.