Prefeitura fecha pacote de R$ 10 milhões com a Santa Casa para acelerar consultas, exames e cirurgias

Uma boa notícia para a saúde de Pindamonhangaba. A partir de 1º de março a Prefeitura de Pindamonhangaba acertou com a Santa Casa de Misericórdia a compra de um pacote para reduzir a fila de espera por consultas, exames e cirurgias eletivas.
O investimento, previsto em R$ 10 milhões para este ano, será realizado pela Secretaria de Saúde e prevê a realização de mais de 1.700 procedimentos médicos por mês que irão reduzir a fila de espera na rede pública de saúde.
Em comemoração ao dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura anuncia que o maior investimento a ser realizado será a realização de 500 exames de mamografia por mês. Para essa ação, a Santa Casa de Misericórdia está montando um espaço específico para esse atendimento.
“Estamos começando esse trabalho a partir de março, um presente para as mulheres de Pindamonhangaba e nossa intenção é demanda livre de mamografia. Convocamos as mulheres para realizar esse exame de prevenção muito importante para evitar transtornos indesejáveis no futuro”, afirmou a secretária Ana Claudia Macedo.
Para a realização dos exames e consultas, a Secretaria irá obedecer a fila cadastrada de solicitações definidas pelo SUS, necessitando o munícipe apresentar o pedido médico da rede pública na sua unidade de saúde referência.
Esse reforço no atendimento médico irá acontecer de forma simultânea aos procedimentos de consultas e exames já realizados pelo município e visa diminuir o tempo de espera. “Desde já queremos pedir aos munícipes que forem chamados pelas nossas unidades de saúde que não faltem ou que comuniquem com antecedência a unidade a impossibilidade do comparecimento. Temos uma média de 30% de absenteísmo nos nossos serviços e isso é muito ruim”, explicou Ana Cláudia.
Confira os procedimentos que serão ofertados:

Exames
Mamografia
histeroscopia diagnóstica
Nasofibrolaringoscopia e com biópsia
Exame Auditivo Bera com e sem sedação
Exames de Imagem Tomografia
Ultrassonografia simples e com doppler
Colonoscopia
Endoscopia
Exames Laboratoriais para cirurgias eletivas

Consultas
Otorrinolaringologia
Urologia clínica
Neurologia clínica
Nefrologia clínica

Cirurgia por Videolaparoscopia

Dia Mundial das Doenças Raras é lembrado em Pinda

Dia Mundial das Doenças Raras é lembrado em Pinda

O último dia de fevereiro de cada ano é marcado como Dia das Doenças Raras, uma data criada em 2008. A lei número 6.212, de 9 de abril de 2019, instituiu no município de Pindamonhangaba, o Dia Municipal de Doenças Raras.
Para conscientizar a população, serão celebradas missas “Doenças Raras”, no dia 26 de fevereiro, às 10 e às 18 horas; e dia 28, às 12h10, na Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Pinda.
“O intuito é sensibilizar pessoas com poder de decisão, sobre os problemas causados pelas doenças raras e seus impactos na vida do paciente”, informou a representante da Abrapes (Associação Brasileira de Pacientes de Esclerose Sistêmica), Sônia Veloso.
Ela explica que doenças raras são definidas pelo número reduzido de pessoas afetadas: 65 indivíduos a cada 100.000 pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de enfermidade para enfermidade, assim como de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição.
O Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado no 28 de fevereiro, tem o intuito de lançar luz sobre um conjunto de milhares de enfermidades comumente negligenciadas. Seus sintomas, muitas vezes confundidos com outros problemas ou simplesmente mal interpretados, afetam milhões de brasileiros. Embora cada uma atinja uma pequena proporção de pessoas, juntas elas chegam a atingir mais de 5% da população, segundo algumas estimativas.
A Secretaria de Saúde da Prefeitura apoia a iniciativa. “Indicamos que por meio das unidades básicas, seja realizada uma rotina de saúde pelo menos anual, um acompanhamento junto ao clínico, para que ao menor sintoma possamos iniciar o tratamento precoce e encaminhamento correto, minimizando o desenvolvimento da doença sempre que possível”, alertou a secretária de Saúde, Ana Claudia Macedo.

Com determinação da ANVISA, Pinda proíbe venda e uso de pomadas para cabelo

Com determinação da ANVISA, Pinda proíbe venda e uso de pomadas para cabelo

A Vigilância Sanitária de Pindamonhangaba está seguindo a determinação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a proibição da comercialização e da utilização de pomadas para cabelo.
De acordo com o ANVISA, algumas marcas podem causar irritação nos olhos, na pele, intoxicação, e até mesmo outras situações mais graves.
Os estudos ainda não estão concluídos, mas o órgão acredita ser prudente a suspensão temporária da venda e da aplicação dos produtos.
Deste modo, está proibido no município de Pindamonhangaba a comercialização de todas as pomadas para cabelo, em todos os setores comerciais, bem como sua aplicação por parte de profissionais em salões de beleza/estética, cabeleireiros, barbeadores, maquiadores, dentre outros.

Ação intermunicipal marca dia dos usuários do CAPS de Pindamonhangaba e Taubaté

Ação intermunicipal marca dia dos usuários do CAPS de Pindamonhangaba e Taubaté

A equipe do Caps II de Pindamonhangaba participou, na última semana, de uma ação intermunicipal em conjunto com o Caps II de Taubaté. O encontro visou a integração e troca de experiências entre os usuários dos serviços.
A programação contou com uma visita supervisionada ao Sítio do Picapau Amarelo, sessão de teatro com a turma do Sítio, um café da manhã e uma baladinha nas dependências do Caps de Taubaté.
De acordo com a articuladora de Saúde Mental da Prefeitura de Pinda, Caroline Rosolem, essa interação objetiva proporcionar aos usuários uma troca de experiências pessoais, além do contato com a literatura, possibilitando acesso à cultura regional e ampliando a apropriação de espaços públicos. Além disso, ressaltar a importância da interação social e familiar para os pacientes que sofrem com qualquer tipo de transtorno mental. O encontro teve a participação de aproximadamente 40 pessoas.
O Caps II de Pindamonhangaba fica na rua José da Silva Andrade, 80, Vila Burghese. O serviço é disponibilizado a qualquer pessoa que sinta a necessidade de acompanhamento, não precisando de encaminhamento para o atendimento e acolhimento.

Pinda ajuda famílias de São Luiz; Fundo Social lança campanha para arrecadação de produtos

Pinda ajuda famílias de São Luiz; Fundo Social lança campanha para arrecadação de produtos

A Defesa Civil de Pindamonhangaba está fornecendo ajuda com ações de urgência em São Luiz do Paraitinga, devido às inundações e enchentes que ocorreram na cidade com as fortes chuvas dos últimos dias.
O trabalho da Defesa Civil de Pindamonhangaba, que está com membros da GCM - Guarda Civil Metropolitana - e do Exército - iniciou nesta segunda-feira (13), no distrito de Catuçada, em São Luiz do Paraitinga, onde cerca de 600 pessoas, pertencentes a 200 famílias, estão em situação de emergência.
No local, as equipes de Pindamonhangaba estão auxiliando na remoção de móveis e eletrodomésticos, ajudando na desocupação de casas, dentre outras tarefas.
O grupo de Pindamonhangaba também montou uma ajuda humanitária, com envio de duas vans de apoio com vários itens de necessidades, que estão sendo entregues para as famílias.
“Estamos trabalhando em várias ações aqui em São Luiz do Paraitinga, fornecendo todo auxílio necessário para ajudar as famílias que foram vítimas das fortes chuvas e enchentes e que tiveram grandes prejuízos. É uma ação emergencial e que deve ser executada o mais rápido possível, principalmente com a possibilidade de novas chuvas”, disse o diretor da Defesa Civil de Pindamonhangaba, Michel Cassiano.
A presidente do Fundo Social do Estado de São Paulo, Cristiane Freitas, e a secretaria municipal de Promoção e Desenvolvimento Social de São Luiz do Paraitinga, Miriam Toledo da Silva, agradeceram Pindamonhangaba pela ajuda imediata fornecida ao município.
O Secretário-Chefe da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil do Estado, Henguel Ricardo Pereira, afirmou que o apoio de Pindamonhangaba tem sido fundamental .

Fundo Social lança campanha de ajuda a São Luiz

Para continuar com fornecimento de alimentos e produtos, o Fundo Social de Solidariedade de Pindamonhangaba lançou uma campanha em prol de São Luiz do Paratinga.
A presidente do Fundo Social de Pindamonhangaba, Claudia Domingues, informou que “o objetivo é arrecadar alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, roupas, roupas de cama, até móveis, geladeira, fogão, porque muitas famílias perderam tudo”.
Ela ressaltou que “a população de Pindamonhangaba sempre se mostrou bastante solidária e caridosa com questões sociais e dessa vez não será diferente”.
Os itens podem ser doados das 8 às 12 horas e das 14 às 16 horas na sede do Fundo Social (rua Deputado Claro César, 53); na Fábrica da Solidariedade (rua Tenente Alexandre Marcondes Monteiro, 432 - Bosque da Princesa); e na Vila dos Afetos (Avenida Senador Teotônio Vilela, Moreira César)”.

© Fernando Frazão/Agência Brasil

Maioria dos estados tem queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda

O novo boletim InfoGripe divulgado hoje (9) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica a manutenção do cenário positivo em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o país. A maioria dos estados segue com estabilização ou queda em um patamar relativamente baixo. A análise aponta para queda de SRAG nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas).

De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, os dados ainda indicam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 (covid-19) na população adulta. Nas crianças de 0 a 4 anos, o vírus sincicial respiratório (VSR) mantém presença expressiva especialmente no Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, e nos três estados da Região Sul. “Desses, apenas o Distrito Federal aponta para manutenção de patamar elevado de SRAG nessa faixa etária. Os demais já apontam para redução ao longo do mês de janeiro”, avaliou o pesquisador.

Amazonas

O boletim alerta para um leve aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao vírus influenza A no estado do Amazonas, norte do país. Com um número baixo de casos, o acompanhamento nas próximas semanas poderá indicar se são ocorrências esporádicas ou de início de temporada. Os dados referem-se à Semana Epidemiológica (SE) 5, período de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 6 de fevereiro.

Gomes reforça que a avaliação só poderá ser feita com mais clareza nas análises seguintes. “Como apareceram alguns casos de Influenza e a gente não estava observando esse vírus nas atualizações recentes, é importante manter a atenção, embora não represente um surto. Até o momento, são alguns poucos casos”, explicou.

Estados e capitais

Das 27 unidades federativas, apenas Acre, Amazonas, Espírito Santo e Pernambuco apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo. Apesar desse quadro, o pesquisador esclarece que a análise por faixa etária sugere tratar-se de oscilação natural durante período de baixa atividade. No Amazonas, observa-se um ligeiro aumento na presença de casos de SRAG associados ao vírus influenza A, ainda sem sinal claro de tendência e com volume baixo de casos. 

Seis das 27 capitais apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo até o mesmo período: João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), São Luís (MA) e Vitória (ES).

 

Agência Brasil

Pinda recebe mais cadeiras para acessibilidade nos parques

Pinda recebe mais cadeiras para acessibilidade nos parques

Membros da Secretaria da Mulher, Família e Direitos Humanos da Prefeitura e representantes do Rotary Club de Pindamonhangaba e do Conselho da Pessoa com Deficiência realizaram, dia 4 de fevereiro, a entrega de cadeiras de rodas no Parque da Cidade e no Bosque da Princesa.
O Rotary Club de Pindamonhangaba doou quatro cadeiras de rodas ao município, atendendo a solicitação do Departamento da Pessoa com Deficiência, que estão disponibilizadas na Secretaria da Mulher, Família e Direitos Humanos, Departamento de Atendimento do Trabalhador, Parque da Cidade e Bosque da Princesa. O objetivo é assegurar a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida.
Para a diretora da Pessoa com Deficiência, Letícia Souza, as cadeiras de rodas do Parque da Cidade e no Bosque da Princesa “são equipamentos importantíssimos para que as pessoas com mobilidade reduzida acessem os locais sem dificuldades, podendo assim vivenciar momentos de lazer na natureza e estreitar os vínculos de amizade e socialização”.
O secretário da pasta, João Carlos Salgado, agradeceu os membros do Rotary Club, representados pelo presidente Inácio Sattim, vice-presidente, Silvio Teixeira, tesoureiro Ary Freire, secretária Angélica Albano e Solange Correa, e pediu a doação de novas cadeiras, que serão disponibilizadas assim que possível, de acordo com a instituição.
No Parque do Trabiju, por exemplo, estão disponíveis três cadeiras do modelo Juliettis, nome dado para o equipamento que é adaptado para trilhas.
Dia 2 de fevereiro, o secretário adjunto de Mulher, Família e Direitos Humanos, Padre Afonso Lobato, a diretora da Pessoa com deficiência, Letícia Souza, e a presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Ivonete dos Santos, visitaram o Trabiju e acompanharam instruções sobre o funcionamento das cadeiras. O diretor de Meio Ambiente, Rafael Ribeiro Cavalcante de Souza, e o gestor de parques, Israel Alves, explicaram passo a passo a utilização da cadeira e a presidente do Conselho realizou um teste.
Segundo ela, “o teste foi apenas ‘uma voltinha’, mas me senti segura, confortável e muito feliz em perceber meu direito de ir e vir respeitado - poder explorar o parque com segurança como qualquer pessoa. A equipe ensinou como manusear a cadeira, já que são os familiares ou amigos das pessoas com deficiência que irão conduzir. É muito emocionante observar a acessibilidade chegando a todos os lugares. Fica o convite a todas as pessoas com deficiência para conhecerem o Trabiju”.

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

São Paulo alerta para a importância da vacina contra a febre amarela

Quem vai curtir o feriado prolongado do carnaval em cidades paulistas que ficam na divisa com os estados de Minas Gerais e Paraná deve ficar alerta para o risco de contaminação por febre amarela, informa o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) do Estado de São Paulo.

A recomendação foi motivada em razão de municípios mineiros e paranaenses na divisa com o estado de São Paulo estarem em alerta para casos da doença. O risco é maior em áreas de mata e zona rural que recebem turistas para acampamentos, trilhas e outras atividades no feriado de carnaval, que começa daqui a 12 dias.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância da vacinação de rotina, e não apenas em momento epidêmico ou pandêmico, para evitar casos mais graves. No estado de São Paulo, a cobertura vacinal contra febre amarela é de 64%.

A diretora do CVE, Tatiana Lang D’Agostini, ressalta que a imunização é imprescindível para quem irá viajar para o interior.

“A vacina da febre amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos. Desta forma, quem vai viajar no carnaval para a zona de mata, ir para acampamentos, trilhas, cachoeiras, é de suma importância a imunização o quanto antes”.

A SES reforça que a vacina contra febre amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde do estado. Desde 2017, o Ministério da Saúde segue a orientação da Organização Mundial da Saúde, que recomenda apenas uma dose da vacina para toda a vida.

A infecção da febre amarela se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em região de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.

No dia 27 de janeiro, o estado de São Paulo registrou o primeiro caso confirmado de febre amarela desde 2020. Trata-se de um homem, de 73 anos, morador de zona rural na cidade de Vargem Grande do Sul, divisa com Minas Gerais.

 

 

Agência Brasil

 Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil

Pesquisa revela que covid-19 pode permanecer por longo tempo

Uma pesquisa realizada com brasileiros revela que quase 60% das pessoas que contraíram covid-19 desenvolveram a doença por longo tempo, com sintomas que permaneceram pelo menos por três meses após a fase aguda. Realizado pela Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo usou um questionário online destinado a pessoas que tinham contraído a doença. Para a análise, foram considerados 1.230 participantes que apresentaram  diagnóstico de covid-19 confirmado por teste PCR.

Deste total, 720 pessoas mantiveram sintomas por três meses, ou mais, e 496 disseram que não estavam totalmente recuperados no momento da pesquisa. Os efeitos prolongados da doença foram mais frequentes entre os não vacinados.  Além disso, mais de 80% das pessoas com covid-19 longa demandaram serviços de saúde por causa da persistência dos sintomas.

Fadiga, ansiedade, perda de memória e queda de cabelo foram alguns dos principais sintomas apontados. Foram citados mais de 50 sintomas persistentes, agrupados em dez categorias: cardiovasculares/coagulação, dermatológicos, endócrino-metabólicos, gastrointestinais, músculoesqueléticos, renais, respiratórios, neurológicos e de saúde mental, além de sintomas gerais, como dor e tontura.

Os resultados do estudo foram publicados em janeiro. Entre os pesquisadores que assinam a nota técnica, estão Claudio Maierovitch, Vaneide Pedi, Erica Tatiane da Silva e Mariana Verotti, da Fiocruz Brasília, além de Rafael Moreira e Marcos Pedrosa, da Fiocruz Pernambuco. A publicação analisa os sintomas da covid-19 longa no Brasil e o acesso ao diagnóstico e ao tratamento.

“A falta de dados inviabiliza o desenho de estratégias para alertar a população sobre os riscos de desenvolver esta forma de covid-19 e de serviços de assistência para atender às pessoas que sofrem de sequelas prolongadas”, diz a equipe técnica responsável pela pesquisa.

O objetivo do estudo foi justamente contribuir para o preenchimento das lacunas desses dados. Protocolos de monitoramento de pacientes com sequelas persistentes, investimentos em atividades de reabilitação com abordagem multidisciplinar e atenção especial à covid-19 longa nas populações mais socialmente vulnerabilizadas estão entre as recomendações do documento.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 20% dos pacientes considerados livres do Sars-CoV-2 e da doença aguda podem apresentar covid-19 longa, isto é, entre 2,8 milhões e 5,6 milhões de brasileiros poderão precisar de cuidados de saúde por sofrer desta forma da doença. Tal condição refere-se a uma variedade de sintomas que permanecem ou até aparecem pela primeira vez até três meses após a infecção por Sars-Cov-2, sintomas que não podem ser explicados por outros motivos e que trazem prejuízos à saúde e à qualidade de vida.

Embora o mecanismo exato que leva à covid-19 longa ainda seja desconhecido, acredita-se que a doença esteja associada ao processo inflamatório causado pelo vírus, que começa no pulmão e se espalha para outros órgãos e tecidos. Apesar de mais frequentemente observada em idosos, mulheres e pacientes graves na fase aguda, a covid longa pode se manifestar em qualquer pessoa.

O tratamento varia conforme os sintomas apresentados, e o desfecho depende de fatores como a gravidade desses sintomas, a existência de outras doenças crônicas e o acesso ao cuidado e à reabilitação. “Estudo recente sugere que as vacinas e, principalmente, as doses de reforço, podem amenizar o quadro ou diminuir as chances de desenvolver a covid-19 longa”, destaca a nota técnica, reforçando que a população deve ser informada sobre a importância de evitar infecções sucessivas e sobre os riscos de desenvolver sequelas.

Agência Brasil

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