Brasil discute estratégias para melhorar educação para a adolescência

© Marcelo Camargo/Agência Brasil © Marcelo Camargo/Agência Brasil © Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Brasil tem focado nos anos finais do ensino fundamental, que abrangem do 6º ao 9º ano, com estudantes de 11 a 14 anos. Essa fase é crucial devido às grandes mudanças na vida dos alunos, como a entrada na adolescência e a transição para escolas maiores com aprendizagens mais complexas. Garantir uma educação de qualidade e combater a reprovação e o abandono escolar foram temas do Seminário Internacional Construindo uma Escola para as Adolescências, realizado no Inep.
 
Edneia Gonçalves, da ONG Ação Educativa, destacou a importância da educação na redução das desigualdades. Dados mostram que as populações mais vulneráveis têm maiores taxas de reprovação e abandono escolar. Júlia Ribeiro, do Unicef, ressaltou que populações preta, parda, indígena, quilombola e pessoas com deficiência são mais afetadas.
 
Em julho, o governo federal lançou o Programa Escola das Adolescências, visando melhorar a qualidade da educação, acesso e desenvolvimento integral dos estudantes. O programa envolve União, estados, Distrito Federal e municípios, oferecendo apoio técnico-pedagógico e financeiro.
 
O estudo "Diálogos políticos em foco para o Brasil", da OCDE e Fundação Itaú Social, comparou o cenário brasileiro com outros países. A maioria dos países da OCDE considera a conclusão do ensino médio essencial para uma vida plena. No entanto, nenhum país, incluindo o Brasil, possui simultaneamente senso de pertencimento, clima disciplinar e apoio docente, segundo o Pisa 2022.
 
O estudo sugere práticas para melhorar o ensino, como ouvir estudantes na elaboração de políticas públicas e tornar a escola um lugar atraente. Também destaca a importância de ajudar os alunos a entenderem suas trajetórias educacionais e oferecer informações de carreiras.
 
Para incentivar estudos sobre os anos finais do ensino fundamental, o MEC e a Fundação Itaú lançarão um edital de pesquisa para reconhecer boas práticas no ensino de matemática.
 
Agência Brasil
Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ler 610 vezes
Entre para postar comentários
Go to top