Imprimir esta página

Jogos de Tóquio não poderão ser adiados novamente, dizem organizadores

Jogos de Tóquio não poderão ser adiados novamente, dizem organizadores

Os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para julho e agosto de 2021 devido à pandemia do coronavírus, não poderão ser adiados novamente, alertou nesta quinta-feira dia 23 Yoshiro Mori, presidente do comitê organizador do evento.

Mori afirmou não haver possibilidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos serem adiados para além do ano que vem, em declarações colhidas pela agência de notícia japonesa Kyodo News.

“Pensando tanto nos atletas como nos problemas para a organização, é tecnicamente difícil adiar os Jogos dois anos”, garantiu Mori.

O presidente do comitê organizador explicou que a questão de um adiamento de dois anos havia sido inicialmente cogitada pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, mas que o mandatário “decidiu que a via a seguir era do adiamento por um ano”.

Após garantir por várias semanas que os Jogos de Tóquio seriam disputados nas datas originalmente previstas, o Japão e o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiram em final de março adiar em um ano o evento, após forte pressão dos atletas e das federações esportivas de diferentes países.

O debate sobre a possibilidade de um adiamento mais longo começou a surgir nas últimas semanas. No início da semana, Kentaro Iwata, professor do departamento de doenças infecciosas da Universidade de Kobe, criticou a maneira como o Japão vem lidando com a pandemia, afirmando estar “pessimista” em relação à organização dos Jogos em 2021.

“Honestamente, não acredito que seja possível que os Jogos Olímpicos aconteçam no ano que vem”, afirmou o especialista durante uma coletiva de imprensa online.

A realização dos jogos precisaria que não só o Japão, mas também que o mundo todo consiga controlar a pandemia até meses antes da data de abertura do evento, insistiu Iwata.

O adiamento dos Jogos representará um imenso desafio logístico para os organizadores e poderia ter importantes custos suplementários, que serão arcados pelo comitê de organização e pelo COI.

Yoshiro Mori, citado pela Kyodo News, calculou que as cerimônias de abertura e encerramento poderiam ser “drasticamente revistas” com o objetivo de reduzir os custos, e poderiam integrar à apresentação uma mensagem relacionada à crise de saúde atual.

Ler 1018 vezes
Entre para postar comentários